Os SMAS de Torres Vedras contam já com mais de oito décadas de vida. De facto, a sua constituição data de 20 de Junho de 1934, então com a designação de Serviços Municipalizados de Água, Saneamento e Electricidade, face às atribuições que lhe estavam cometidas nestas três áreas de serviço à comunidade torriense.
A primeira Comissão Administrativa foi presidida pelo tenente António Vitorino França Borges, mais tarde Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Acompanhavam-no, como vogais, António Manuel Freire Nunes e Rui da Costa Lopes.
Tratava-se, naturalmente, de uma organização ainda incipiente mas em que se adivinhava a futura importância, tais eram as carências em qualquer das áreas de intervenção.
A crescente importância dos Serviços Municipalizados de Água, Saneamento e Electricidade, acentuou-se a partir de 1974 quando a Revolução de Abril veio trazer, por um lado, maior autonomia ao Poder Local e, por outro lado, um maior poder reivindicativo das populações, relativamente à satisfação das suas necessidades básicas.
Em 2 de Fevereiro de 1982, a parte elétrica é integrada na EDP, passando os SMAS a dedicar-se exclusivamente ao abastecimento de água e ao saneamento.
Hoje, os SMAS têm ao seu serviço cerca de 150 trabalhadores e movimentam anualmente cerca de 15 milhões de euros.
A realidade dos SMAS é extremamente complexa, na medida em que a podemos assemelhar a um iceberg de que apenas se vê a ponta, isto é, o que é visível para os utentes é apenas uma pequena parte dos SMAS, cujo património integra, por exemplo, 70 reservatórios de água e mais de 1.300 km de rede de distribuição de água e mais de cinco centenas de Kms de coletores de águas residuais, que não são visíveis.
O esforço financeiro que o Município tem feito, sobretudo neste século, para dotar o Concelho de infraestruturas de abastecimento de água e saneamento, tem vindo a traduzir-se, na prática, num abastecimento de água de qualidade a todo o Concelho e na redução substancial da poluição hídrica resultante da utilização da água pelo homem.
Atingiram-se assim, níveis de atendimento de 99,7% no abastecimento de água e de cerca de 95,5% no atendimento de esgotos, dos quais, cerca de 94% com tratamento em ETAR.
Com a adesão do município à então Águas do Oeste, abriu-se a possibilidade de aprofundar os investimentos, quer no setor da água para reforço de infraestruturas existentes, quer do saneamento, nomeadamente no que respeita à construção de novas Estações de Tratamento de Águas Residuais, que visaram a cobertura total do Concelho. Esta adesão foi, assim, consequência do empenhamento na melhoria constante do serviço a prestar aos consumidores torrienses.
É este o nosso único e grande objetivo, melhorar sempre o grau de satisfação dos consumidores torrienses, como parte importante da sua própria qualidade de vida.