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Fábrica de Água de Torres Vedras vai ser intervencionada

11.04.2025

A Fábrica de Água de Torres Vedras - anteriormente designada de Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Torres Vedras - vai ser alvo de obras de beneficiação.

O contrato relativo à empreitada de conceção-construção de reabilitação dessa infraestrutura foi assinado no passado dia 8 de abril, numa sessão que teve lugar no auditório do Edifício dos Paços do Concelho.

Na abertura da sessão a presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, recordou que a ETAR de Torres Vedras, cuja construção foi promovida pelo Município, entrou em funcionamento em 1993, com um sistema de tratamento por lagunagem, dimensionada para uma população de 71 mil habitantes e um caudal diário de 3.900 m3, sendo que o respetivo sistema de saneamento incluía seis estações elevatórias de águas residuais. Em 2006, ocorreu a remodelação da ETAR de Torres Vedras, que passou a contar com um sistema de tratamento mais moderno, de SBR, o que levou à diminuição da emissão de odores desagradáveis a partir da infraestrutura, a qual passou a ser gerida pela empresa Águas do Oeste. Em 2024, sob a responsabilidade da empresa Águas do Tejo Atlântico, o equipamento, servindo uma população de cerca de 27 mil habitantes, recebia diariamente um caudal, em média, de 6.470 m3, tendo o respetivo sistema de saneamento 16 estações elevatórias de águas residuais.

Segundo palavras de Laura Rodrigues, a intervenção que vai ser executada na Fábrica de Água de Torres Vedras decorre do crescimento urbano de Torres Vedras, sendo a mesma justificada também por outros fatores, como o encaminhamento de águas residuais não domésticas pré-tratadas, a inovação dos tratamentos de águas residuais e novas exigências legais. A terminar a sua alocução, a presidente da Câmara Municipal fez referência aos novos desafios que se relacionam com a obra de beneficiação que vai ser realizada na Fábrica de Água de Torres Vedras, nomeadamente o de valorização das lamas resultantes do tratamento de águas residuais domésticas e a sua utilização para fins agrícolas e o de disponibilização de água residual tratada, o que pode acontecer, por exemplo, para regas de espaços verdes e outros usos urbanos.

Na intervenção do presidente do conselho de administração da empresa Águas do Tejo Atlântico, o torriense Nuno Brôco, foi reforçada as mais-valias da intervenção que será realizada na Fábrica de Água de Torres Vedras, nomeadamente o aumento da capacidade de tratamento de águas residuais, a diminuição dos odores emitidos e a automatização e interligação de sistemas inteligentes de telegestão. Ainda segundo Nuno Brôco, complementarmente à execução da empreitada, vai ser instalada na Fábrica de Água de Torres Vedras uma central de produção de energia fotovoltaica, o que vai aumentar a sua autonomia energética, e será desenvolvido com o tecido empresarial local um projeto de compostagem de lamas.

Já na apresentação do projeto da empreitada de conceção-construção de reabilitação da Fábrica de Água de Torres Vedras, Nuno Lourenço sublinhou a premência da intervenção tendo em conta a antiguidade da infraestrutura, enquadrando e enumerando as necessidades a que a obra irá dar resposta como: a substituição de equipamentos e o restauro da construção civil; a resolução de problemas funcionais e as limitações da instalação (particularmente a baixa eficiência do sistema de arejamento dos reatores biológicos); a remodelação das etapas de pré-tratamento, tratamento biológico, água de serviço, espessamento e desodorização, aplicando tecnologias que representam uma melhoria em termos de eficiência, minimizando custos energéticos e operacionais e contribuindo para uma maior sustentabilidade; e a melhoria da automação, maximizando o controlo remoto e reduzindo a carga das equipas operacionais. De referir também que a reabilitação da Fábrica de Água de Torres Vedras irá abranger não só a linha líquida (que integra a receção de caudais e o tratamento preliminar, o tratamento biológico e a água de serviço), como também a linha sólida e a linha gasosa. Ainda segundo Nuno Lourenço, com a intervenção aumentar-se-á as condições de segurança e saúde para os trabalhadores da infraestrutura.

A sessão chegou ao seu término com a assinatura do contrato da empreitada de conceção-construção de reabilitação da Fábrica de Água de Torres Vedras, pelos representantes das empresas Águas do Tejo Atlântico, SA e Omatapalo – Engenharia e Construções, SA. Refira-se que a empreitada tem um valor de 5.584.151,46 euros e um prazo de execução de 794 dias. Após a execução da mesma a Fábrica de Água de Torres Vedras estará apta para receber um caudal médio diário de 8.814 m3 e dimensionada para servir uma população de 63 mil habitantes.

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